As aves como hospedeiras de arbovírus na Amazônia Brasileira

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1992xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-files-viewOpen
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http://patua.iec.gov.br/handle/iec/2623xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-author
Dégallier, Nicolas
Rosa, Amélia Paes de Andrade Travassos da
Silva, José Maria C. da
Rodrigues, Sueli Guerreiro
Vasconcelos, Pedro Fernando da Costa
Rosa, Jorge Fernando Soares Travassos da
Silva, Geraldo Pereira da
Silva, Raimundo Pereira da
xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-abstract
Um total de 12423 plasmas ou vísceras de aves, distribuídas em 40 famílias, 193
gêneros e 304 espécies, foi coletado em 18 localidades da Amazônia Brasileira. 70 amostras de
14 tipos diferentes de arbovírus foram isoladas desse material e 1743 plasmas foram positivos
para pelo menos um tipo viral. A família Formicariidae forneceu os maiores números de
amostras virais isoladas (1,20%) e plasmas positivos (30,21%). Os arbovírus mais prevalentes
em aves foram Oropouche (3,86%), Encefalite Equina do Oeste (3,06%)y Encefalite Saint Louis
(2,80%), Turlock (1,31%), Itaporanga (1,00%)y Tacaiuma (0,73%), Mayaro (0,49%) e
Encefalite Eqüina Leste (0,48%). Os arbovírus foram classificados segundo as preferências
ecológicas, tipos de vegetação e estrato e espécies de aves hospedeiras. A distrbuiçäo ecológica
dos virus parece contínua entre aqueles totalmente associados à floresta de terra firme nos níveis
entre 0 - 15 m (Rocio, Utinga, Kwatta, Gamboa e Icoaraci), bem como nos associados com
estratos intermediários dessa floresta porém, também com capoeira (Oropouche, Turlock
Itaporanga, Guaroa, Triniti, Caraparu, Jurona, Una, Encefalite de Saint Louis e Encefalite
equina do oeste). O mesmo foi observado com relação aos encontrados em níveis mais altos
da floresta e na capoeira (Cacipacoré, Mayaro, Ilhéus, Candiru e Tacaiuma), os associados
com capoeira e floresta de igapó e enfim, aos extremamente versáteis como o vírus da Encefalite eqüina leste, que foi encontrado em todos tipos e estratos de vegetação. Confirma-se o
importante papel de aves como hospedeiros vertebrados dos virus Jurona, Itaporanga, Mayaro,
Oropouche, Belém, Pixuna, Una e Tacaiuma. Soros de aves positivos para o vírus Rocio
constituem a primeira indicação da possível presença desse agente na região Amazônica. Aves
são até agora os únicos hospedeiros silvestres conhecidos para os vírus Cacipacoré, Candiru e
Pacora-like. Na discussão é introduzido o conceito de nicho ecológico para os arbovírus,
definido como o volume multi-dimensional, sendo que cada dimensão corresponde a uma
variável ecológica. Afora as variáveis consideradas no presente estudo (tipos de vegetação e
estratos preferidos pelas aves, famílias de aves hospedeiros e natureza dos vetores), os fatores que
parecem ter maior importância para evolução dos ciclos dos arbovírus são as reações
sorológicas entre arbovirus de um mesmo grupo. Com poucas exceções, esses fatores impediriam
o estabelecimento de vírus muito relacionados entre si nos mesmos hospedeiros vertebrados,
situação que parece não ter ocorrido com os hospedeiros artrópodes.
xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-citation
DÉGALLIER, Nicolas et al. As aves como hospedeiras de arbovírus na Amazônia Brasileira. Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi.Serie Zoologia, v. 8, n. 1, p. 69-111, 1992.xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-decsPrimary
AvesArbovirus
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