Colônia agrícola amazônica sob inquérito médico-social I – Sintomatologia digestiva ligada ao enteroparasitismo e à carência (Publicado originalmente em 1967)

Abstract

Equipe das cátedras de Clínica Médica e de Parasitologia, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará, que, em janeiro de 1965, se dirigiu ao interior do município de Nova Timboteua, na zona bragantina, em estudos de natureza médico-social, achou interessante estender suas observações à colônia agrícola de Sumaúma, que pode ser tomada como típica dessa zona fisiográfica paraense. É que a dispersão das moradias, sem casas geminadas e, até, sem arruamento, com casas desocupadas por períodos de safras, quando os moradores se deslocam em busca de terras de melhor rendimento para determinados cultivos, oferece oportunidade de comparação de dados com os de aglomerado de povoação situada à distância de alguns quilômetros. A repercussão do enteroparasitismo e da carência na sintomatologia digestiva foi detectada em entrevistas individuais com 35 moradores, de idades que garantissem maior fidelidade às informações, consoante o quadro a seguir, dentre as 120 pessoas em que ficou estimada a população global da colônia: Pessoas De 13 anos de idade 1 De 15 e 16 anos 3 De 20 a 40 anos 21 De mais de 40 anos 10 Total 35 Os dados, coligidos em percentuais, falam a favor de condições nutricionais não satisfatórias, presentes distúrbios digestivos na vigência de parasitismo intestinal.